Esta afirmação reflete um contexto político recente no Brasil, que gerou bastante discussão. De fato, em março de 2025, Jair Bolsonaro fez comentários depreciativos sobre a aparência das mulheres de esquerda, chamando-as de "feias" e "incomíveis", o que provocou reações variadas. Poucos dias depois, em um evento no Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva mencionou Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, referindo-se a ela como "essa mulher bonita" ao destacar sua escolha para a articulação política com o Congresso.
Embora Lula não tenha explicitamente citado Bolsonaro na fala, muitos interpretaram o comentário como uma resposta indireta às declarações do ex-presidente, especialmente por ocorrerem em um intervalo de tempo próximo e em meio a um clima de polarização. A nomeação de Gleisi para uma pasta estratégica já havia sido anunciada em fevereiro de 2025, mas o elogio à sua aparência no evento de 12 de março foi visto por alguns como uma tentativa de contrastar com a narrativa de Bolsonaro, defendendo as mulheres de seu campo político. Gleisi, por sua vez, defendeu Lula, destacando que seus gestos de empoderamento feminino — como nomear mulheres para cargos importantes — falam mais alto que palavras, e criticou os ataques misóginos da extrema-direita.
No entanto, a fala de Lula também gerou controvérsia. Enquanto alguns a enxergaram como uma defesa simbólica das mulheres de esquerda, outros, incluindo parlamentares da oposição e até mesmo algumas vozes progressistas, a consideraram machista por reduzir a competência de Gleisi a um atributo físico. O contexto sugere que Lula buscou, sim, rebater Bolsonaro, mas a forma como o fez abriu espaço para interpretações divergentes, refletindo a sensibilidade do debate sobre gênero e política no Brasil atual.
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