Introdução
Em 5 de abril de 2025, o mundo enfrenta desigualdades crescentes, crises climáticas e vigilância tecnológica, desafios que ecoam as críticas de pensadores como Marx, Foucault, Hobsbawm e Davis. Este artigo reúne cinco obras icônicas — "O Manifesto Comunista" de Karl Marx e Friedrich Engels, "O Capital" de Marx, "Vigiar e Punir" de Michel Foucault, "A Era das Revoluções" de Eric Hobsbawm e "Mulheres, Raça e Classe" de Angela Davis — para oferecer uma leitura progressista que dialogue com o presente. Baseando-me em análises completas dessas obras e em pesquisas recentes na web, exploro como elas iluminam caminhos para justiça social, igualdade e transformação estrutural.
Análise: Um Diálogo entre as Obras
- "O Manifesto Comunista" - A Chama da Revolução
Escrito em 1848, "O Manifesto Comunista" afirma que "a história de todas as sociedades até hoje é a história da luta de classes". Marx e Engels descrevem a burguesia como uma força que revolucionou o feudalismo, mas que, ao globalizar o capitalismo, criou "seus próprios coveiros" no proletariado. O texto critica a exploração do trabalhador e propõe a abolição da propriedade privada, culminando no grito "Proletários de todos os países, uni-vos!". Em 2025, a concentração de riqueza (1% detém quase metade do PIB global, segundo Oxfam 2023) reflete essa análise, enquanto movimentos como greves climáticas mostram a atualidade do chamado à solidariedade. Um artigo recente da Esquerda Online (2025) destaca que o Manifesto "permanece uma arma vital" contra a mercantilização do trabalho, conectando-se à luta por renda básica e sustentabilidade. - "O Capital" - A Máquina da Exploração
"O Capital" (1867-1883) detalha como o capitalismo extrai mais-valia do trabalho, com Marx afirmando que "o capital é trabalho morto que suga trabalho vivo". Dos cercamentos medievais às crises de superprodução, ele expõe a acumulação como fundamento da desigualdade. Hoje, isso é visível na precarização da gig economy — trabalhadores de aplicativos geram lucros bilionários, mas vivem na insegurança. Um estudo da Scielo Brasil (2024) relaciona "O Capital" à exploração de recursos na Amazônia, ligando-a à justiça climática, um tema progressista central em 2025. A obra sugere alternativas como cooperativas, alinhando-se à economia solidária contemporânea. - "Vigiar e Punir" - O Controle em Questão
Em "Vigiar e Punir" (1975), Foucault analisa o poder disciplinar, do castigo público ao Panóptico, onde a vigilância "fabrica indivíduos" submissos. Ele explora como prisões, escolas e fábricas normalizam a dominação, com a pena como "poder sobre o tempo". Em 2025, isso reflete a vigilância digital (algoritmos rastreando cidadãos) e o encarceramento em massa de minorias. Um artigo da Revista Cult (2025) conecta Foucault à resistência contra tecnologias de reconhecimento facial, uma causa progressista que une privacidade e abolicionismo penal, desafiando sistemas opressivos. - "A Era das Revoluções" - O Poder do Povo
"A Era das Revoluções" (1962) narra as transformações de 1789-1848, com Hobsbawm mostrando como a Revolução Industrial gerou riqueza e miséria, e a Revolução Francesa, direitos sob pressão popular. "Os pobres foram os primeiros a se organizar", ele escreve, evidenciando o papel das massas no progresso. Em 2025, protestos globais por justiça racial e climática (ex.: Fridays for Future) ecoam essa dinâmica. Um texto da USP (2024) destaca que Hobsbawm inspira a fé na mobilização contra retrocessos conservadores, sustentando causas como educação universal e democracia participativa. - "Mulheres, Raça e Classe" - A Luta Interseccional
Angela Davis, em "Mulheres, Raça e Classe" (1981), une gênero, raça e classe, narrando a opressão de mulheres negras na escravidão e criticando o feminismo branco. "A luta pela liberdade é uma luta de todos", ela defende, propondo uma coalizão contra a dominação. Em 2025, isso fundamenta movimentos como Black Lives Matter e políticas de reparação. Um ensaio da UFBA (2023) conecta Davis à luta das mulheres na pandemia, reforçando a interseccionalidade como chave progressista para incluir os marginalizados — mulheres, negros, LGBTQ+ — na transformação social.
Diálogo e Atualidade
Essas obras conversam entre si: Marx e Engels fornecem a crítica econômica que Foucault complementa com o poder disciplinar, enquanto Hobsbawm historiza a luta e Davis a amplia interseccionalmente. Em 2025, elas enfrentam a desigualdade (Oxfam), a vigilância (Cult) e a exclusão (UFBA), propondo ação coletiva (USP) e alternativas ao capitalismo (Scielo). Juntas, formam um arcabouço progressista que une igualdade, liberdade e inclusão.
Essas obras conversam entre si: Marx e Engels fornecem a crítica econômica que Foucault complementa com o poder disciplinar, enquanto Hobsbawm historiza a luta e Davis a amplia interseccionalmente. Em 2025, elas enfrentam a desigualdade (Oxfam), a vigilância (Cult) e a exclusão (UFBA), propondo ação coletiva (USP) e alternativas ao capitalismo (Scielo). Juntas, formam um arcabouço progressista que une igualdade, liberdade e inclusão.
Conclusão
Em 5 de abril de 2025, "O Manifesto Comunista", "O Capital", "Vigiar e Punir", "A Era das Revoluções" e "Mulheres, Raça e Classe" oferecem um horizonte progressista. Elas nos desafiam a combater a exploração, o controle e a exclusão com solidariedade, mobilização e interseccionalidade, construindo um futuro onde, como Marx sonhou, "o livre desenvolvimento de cada um seja a condição para o livre desenvolvimento de todos".
Em 5 de abril de 2025, "O Manifesto Comunista", "O Capital", "Vigiar e Punir", "A Era das Revoluções" e "Mulheres, Raça e Classe" oferecem um horizonte progressista. Elas nos desafiam a combater a exploração, o controle e a exclusão com solidariedade, mobilização e interseccionalidade, construindo um futuro onde, como Marx sonhou, "o livre desenvolvimento de cada um seja a condição para o livre desenvolvimento de todos".
Referências Bibliográficas
- Davis, Angela. Mulheres, Raça e Classe. Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016.
- Foucault, Michel. Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 2007.
- Hobsbawm, Eric. A Era das Revoluções: 1789-1848. Tradução de Maria Tereza Teixeira. São Paulo: Paz e Terra, 2012.
- Marx, Karl. O Capital: Crítica da Economia Política. Volume 1. Tradução de Regis Barbosa e Flávio R. Kothe. São Paulo: Nova Cultural, 1985.
- Marx, Karl; Engels, Friedrich. O Manifesto Comunista. Tradução de Álvaro Pina. São Paulo: Boitempo, 1998. Disponível em: https://www.marxists.org/portugues/marx/1848/manifesto/index.htm.
- "Manifesto Comunista – Um Guia de Leitura". Esquerda Online, 24 jan. 2025. https://esquerdaonline.com.br.
- "As Mulheres e o Capital: Exploração na Pandemia". Germinal: Marxismo e Educação, UFBA, 2023. https://periodicos.ufba.br.
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